As chefias governam no próprio bolso e deixam-se governar por estrangeiros, pondo fim ao triste boato de que somos uma nação com uma forte vontade própria.
Portugal
desenvolveu-se na História e governou-se como Estado sempre que se processaram
reformas radicais na sociedade portuguesa, desde a tradução para português da
Lei das Sete Partidas ordenada por D. Dinis, estabelecendo a base do
Código Civil Português, passando pelas Ordenações, as Reformas Pombalinas e
outras mais modernas, até se chegar à Constituição atual. (Para os críticos do
pombalismo diga-se que a introdução da Real Mesa Censória deve ser analisada à
luz da realidade da época e no contexto de uma mal entendida soberania estatal
absolutista). Foi negativo Portugal não ter recebido a influência do movimento
reformista de Calvino e Martinho Lutero e se ter recolhido debaixo do
judaico-cristianismo envolto em brocado e veludo, pondo os olhos na pompa
religiosa que julgava enriquecê-lo. Nesta época Portugal foi governado por
reis de fraca figura que acabaram por
entregar o reino aos espanhóis para 60 anos de miséria. A Inquisição fechou a
Península Ibérica a qualquer influência progressiva europeia. A filosofia cristã
assumia-se em “Autos da Fé” no Rossio e no
Terreiro do Paço, excitando a população papalva que acorria para assistir ao incendiar
de seres humanos na praça pública. Antes da morte eram torturados e espoliados
(tal como os nazis fizeram aos judeus) pela Igreja Católica para a qual tudo o que fosse novo era blasfémia, heresia. O nomenclatura
política silenciosa revelou-se como cúmplice, aliando-se primeiro aos Filipes e
assumindo depois a independência como
descargo de consciência. O meio-espanhol D. João IV foi obrigado pelos
revoltosos a colocar a coroa na cabeça. Por sua vontade Portugal ficaria
subjugado ao reino de Espanha e ele viveria na mesma pompa dos Filipes. O rei manifestou- se abertamente como cobarde e por
pouco não foi assassinado. A sua mulher natural da Andaluzia revelou-se
como sendo mais “portuguesa” do que este reizinho feito à força.
Portugal foi direta ou
indiretamente, após as dinastias dos Filipes e dos Braganças, governado por
potências estrangeiras, espanhóis, ingleses, franceses ou então por ditaduras militares
de conveniência. Economicamente revelou-se como um acumulador de bancarrotas. Politicamente
o Estado português é desde 1640 um Estado obrigado a encolher-se com o peso da
subserviência a tudo o que está um degrau acima. E, a escada é enorme nessa subida.
A atual governação,
alternando entre uma direita fascista liberal e um centralismo difuso, sem rumo definido segue
diretrizes económicas estranhas aos interesses nacionais e à integração
europeia. Os executivos parecem estar sobrecarregados com o próprio fraco desempenho.
“Não se governam nem
se deixam governar”. A frase atribuída ao romano Servius Galba é um mito que
nos mantém pensando sermos indivíduos com honrosa autodeterminação quando na
realidade defendemos o inimigo e nos orgulhamos disso. O general romano de quem
se diz ter proferido a frase de que nos orgulhamos, só quis com a declaração
menorizar um massacre traiçoeiro aos lusitanos que foi necessário, segundo ele, por
suspeitar estar em marcha uma revolução das comunidades lusas contra Roma.
Viriato salvou-se da desgraça por sorte e continuou a liderar a nação, ficando
na Historia. Se liderou, então também governou. Mas, Portugal era já nessa
altura uma periferia, um resto… da própria Lusitânia. Viriato vivia em Espanha e veio à Lusitânia um par de vezes. Aliás o homem quando foi morto à traição pelos próprios lusitanos teria somente 40 anos.
Portugal é ainda governado por instituições monetárias internacionais numa Europa a que pertence e a quem paga para isso. Por se orgulhar de ser um bom aluno não lhe cortam a dívida como fazem aos gregos, os mais mal comportados da turma União Europeia. A governação é fraca. Portugal está reduzido a uma insignificância internacional., tolerado ao fim da mesa enquanto pagar adiantado pelo jantar.Senão regressa à porta da cozinha.
Portugal é ainda governado por instituições monetárias internacionais numa Europa a que pertence e a quem paga para isso. Por se orgulhar de ser um bom aluno não lhe cortam a dívida como fazem aos gregos, os mais mal comportados da turma União Europeia. A governação é fraca. Portugal está reduzido a uma insignificância internacional., tolerado ao fim da mesa enquanto pagar adiantado pelo jantar.Senão regressa à porta da cozinha.
Os chefes políticos de
hoje em Portugal passarão à História como más caricaturas ridículas (veja-se esse Cavaquito) que
tentaram ser grandes estadistas, mas a quem faltou a grandeza humana e o
carisma dos grandes líderes europeus da segunda metade do século XX. Os grandes
da Europa no século XXI devem brilhar pelo seu poder económico e não pela mão estendida de patos bravos.
Sem comentários:
Enviar um comentário